Taça comprova evolução
Equipe de basquete sobre rodas da UCS, Cidef comemora o primeiro título em um torneio nacional
Caxias do Sul – Treinos três vezes por semana supervisionados por um profissional, cadeiras especialmente projetadas para jogo, uma conquista nacional e o atual título gaúcho. De um grupo de amigos que se reunia apenas para confraternizar, a equipe de basquete sobre rodas do Centro Integrado dos Portadores de Deficiência Física da UCS (Cidef/UCS) vibra com a evolução. Na semana passada o time trouxe de São Paulo o título de um torneio comemorativo aos 50 anos da modalidade no país. Não é a disputa oficial do calendário da Confederação Brasileira, mas dá credibilidade e impulso a um projeto iniciado em 1996.
Agora, a meta é ingressar pela primeira vez na quarta divisão do campeonato nacional. Para isso, é preciso chegar à decisão do Regional Sul, que concede a vaga. A data de início ainda não está definida. O técnico Tiago Frank, que já treinava as categorias de base da UCS, assumiu a equipe sobre rodas no começo do ano passado. Desde então, percebeu, além de evoluções técnicas, melhoras no aspecto psicológico.
– Eu peguei pesado nesse sentido, para transmitir a eles a ideia de grupo, em que ninguém é melhor do que ninguém. Eles se cobram muito. Às vezes faltava tolerância com os próprios erros. Hoje, já estão mais maduros e o título mostrou que nós podemos. Chegamos desacreditados e superamos times que estão na terceira divisão – afirma o treinador.
A taça veio com quatro vitórias em cinco jogos. O último, um apertado 33 a 31 em cima dos donos da casa, os favoritos do Magic Wheels. Surpresa para todos, o resultado emocionou os atletas, especialmente um deles.
– Estou na equipe há 12 anos. No começo, o equipamento era ruim, as cadeiras eram vagarosas, não estavam apropriadas para jogo. Tínhamos muita dificuldade. Mas isso faz tempo, estamos evoluindo, temos um treino pesado, nosso treinador cobra bastante. Ainda bem, porque se não fosse assim, talvez não levássemos tão a sério. Chorei bastante com a conquista, pelo fato de sair de Caxias, chegar lá e ser campeão – descreve João Carlos Modesto, 60 anos, que teve uma perna amputada há 33 anos, devido a um atropelamento por um ônibus próximo à empresa em que trabalhava.
Um dos sócios fundadores do Cidef, João Carlos Mariani, 40, reforça as dificuldades do começo.
– Era tudo uma grande brincadeira. Nos reuníamos para tomar chimarrão. Sempre houve a ideia de evoluir com o basquete, mas sabíamos das dificuldades de um esporte coletivo. Aos poucos, adquirimos a técnica, os equipamentos ficaram melhores, já que passamos a usar cadeiras apropriadas. Hoje, sabemos que estamos em um novo começo e vivemos o melhor momento da equipe – assegura Mariani, cadeirante, vítima de um tiro há 18 anos.
FERNANDA FEDRIZZI Agora, a meta é ingressar pela primeira vez na quarta divisão do campeonato nacional. Para isso, é preciso chegar à decisão do Regional Sul, que concede a vaga. A data de início ainda não está definida. O técnico Tiago Frank, que já treinava as categorias de base da UCS, assumiu a equipe sobre rodas no começo do ano passado. Desde então, percebeu, além de evoluções técnicas, melhoras no aspecto psicológico.
– Eu peguei pesado nesse sentido, para transmitir a eles a ideia de grupo, em que ninguém é melhor do que ninguém. Eles se cobram muito. Às vezes faltava tolerância com os próprios erros. Hoje, já estão mais maduros e o título mostrou que nós podemos. Chegamos desacreditados e superamos times que estão na terceira divisão – afirma o treinador.
A taça veio com quatro vitórias em cinco jogos. O último, um apertado 33 a 31 em cima dos donos da casa, os favoritos do Magic Wheels. Surpresa para todos, o resultado emocionou os atletas, especialmente um deles.
– Estou na equipe há 12 anos. No começo, o equipamento era ruim, as cadeiras eram vagarosas, não estavam apropriadas para jogo. Tínhamos muita dificuldade. Mas isso faz tempo, estamos evoluindo, temos um treino pesado, nosso treinador cobra bastante. Ainda bem, porque se não fosse assim, talvez não levássemos tão a sério. Chorei bastante com a conquista, pelo fato de sair de Caxias, chegar lá e ser campeão – descreve João Carlos Modesto, 60 anos, que teve uma perna amputada há 33 anos, devido a um atropelamento por um ônibus próximo à empresa em que trabalhava.
Um dos sócios fundadores do Cidef, João Carlos Mariani, 40, reforça as dificuldades do começo.
– Era tudo uma grande brincadeira. Nos reuníamos para tomar chimarrão. Sempre houve a ideia de evoluir com o basquete, mas sabíamos das dificuldades de um esporte coletivo. Aos poucos, adquirimos a técnica, os equipamentos ficaram melhores, já que passamos a usar cadeiras apropriadas. Hoje, sabemos que estamos em um novo começo e vivemos o melhor momento da equipe – assegura Mariani, cadeirante, vítima de um tiro há 18 anos.
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